Artigo sobre o livro: A educação como política pública

A abordagem pluralista
Este item busca revelar o modo como as reivindicações e demandas originadas na estrutura social são processadas pelo sistema político, percebendo de que maneira os bens públicos surgem enquanto estão em articulação com os bens reivindicações das mais diversas ordens, onde todos os indivíduos anseiam ser contemplados pela ação governamental, considerando a impossibilidade de todas as exigências serem atendidas já que as necessidades humanas são ilimitadas.
Devido a isso surge a chance de todos os indivíduos participarem do processo político. Os pluralistas solicitam que esta ação deve ser mediada, reconhecendo a existência de uma distribuição desigual de poder. Todos os indivíduos tem o direito de participar do processo político na condição de cidadão, mas nem todos são capazes de atuar como políticos racionais e decidir qual a forma mais adequada de governo, pois requer uma capacidade de agir com maior grau de racionalidade.
Os intercessores deste processo são as famosas propagandas eleitorais, onde os candidatos oferecem aos seus eleitores suas alternativas a serem defendidas, atribuindo ao servidor público eleito o poder de decisão, o poder de elegermos os nossos representantes que irão defender nossos interesses no sistema político, já que os bens—públicos são destinados ao cidadão para o seu desfrute.
A abordagem pluralista também reserva um espaço à análise da política educacional, onde o enfoque se dá ao papel da educação tratada no contexto da racionalidade. Os pluralistas destacam a educação como um dos mais poderosos meios de transformação das mentalidades tradicionais em direção a racionalidade.
O processo educativo é visto como o responsável pela socialização política e também como fornecedor das bases do conteúdo do próprio poder, conteúdo que traduz no acesso ao conhecimento e à informação, requisitos para o exercício de comportamentos e de atitudes racionais.(AZEVEDO, 2004, p. 29)
Conforme mencionado à medida que as