Artigo sobre plano diretor
RESUMO
Até a década de 30, os planos diretores convencionais direcionavam suas preocupações urbanísticas apenas para o sistema viário e para melhorar a beleza da cidade. Com o passar das décadas novas concepções foram introduzidas e os planos transformaram sua base “feijão com arroz” em teses mais racionais e técnico-científicas. Dessa política urbana transformada surgiram vários órgãos de administrações urbanas, entre eles o SERFHAU (Serviço Federal de Habitação e Urbanismo) que elaborou diversos planos diretores e ajudou na coordenação da política nacional no campo do planejamento até sua extinção em meados dos anos 70. Esse novo caráter revelado pelos planos gerou muitas críticas e desentendimentos. A discórdia entre os urbanistas impossibilitava a conclusão do que realmente seria um plano diretor e o que ele viria a abordar para que a cidade em seu conjunto se tornasse um lugar melhor.
INTRODUÇÃO Já dizia Paul Nygaard (2006) que diversos são os profissionais que ao longo da sua carreira atuaram em algum momento em equipes técnicas de planejamento para a elaboração de um plano diretor. Essas pessoas provavelmente enfrentaram muitas frustrações. A natureza desses problemas e frustrações acontece em relação à utilidade e aceitação dos planos diretores, pois eles estavam tecnicamente corretos e os profissionais eram competentes, mas havia diferentes visões de mundo em questão. Visões de um mundo urbano racional, lógico e simples, construída pelos técnicos e especialistas e as múltiplas visões de milhares de seres comuns espalhados pelo mundo real, caótico e complexo. A partir da década de 30, as cidades e os homens passaram a enfrentar muitos novos problemas com o advento das máquinas e da Revolução Industrial em geral, a expansão e o inchaço dos meios urbanos se faziam notáveis. Desse modo, uma maior preocupação com a parte econômica, social e política da cidade passaram a ter importância. Com toda essa montanha russa de