Artigo sobre Invisibilidade Social
Ser invisível é sofrer a indiferença, é não ter importância. Essa maneira de discriminação está cada vez mais inserida na sociedade. O termo invisibilidade social é um conceito que foi criado para designar as pessoas que ficam invisíveis socialmente, seja por preconceito ou indiferença. Esse conceito é bastante amplo, abarcando os vários fatores que levam a uma invisibilidade, tais como sociais, estéticos, econômicos, históricos, culturais, etc.
A invisibilidade social, leva ao desprezo e à humilhação. Tais sentimentos, levam as pessoas a processos depressivos. De acordo com Gachet, “aparecer” é ser importante para a espécie humana, ser valorizado de alguma forma é parte integrante de nossa passagem pela vida, temos que ser alguém, um bom profissional, um bom estudante, um bom pai, uma boa mãe, enfim, desempenhar com louvor algum papel social. Isso nos leva a outra consequência da exclusão social: a mobilização dos “invisíveis”. Esse grupo é formado por pessoas que se juntam para poder “aparecer”. Alguns exemplos: MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra), a Central Única de Favelas (CUFA), fóruns nacionais, etc.
Temos que ter em mente que não são apenas os indivíduos moradores de rua que são invisíveis, muitos são os indivíduos que sofrem com a invisibilidade social, como por exemplo, profissionais do sexo, pedintes, usuários de drogas, trabalhadores rurais, portadores de necessidades especiais e homossexuais. A invisibilidade social já está cotidianamente estabelecida e a sociedade acostumou-se a ela, passar por um pedinte na rua ou observar uma criança fumando crack em uma esquina é algo corriqueiro na vida social, segundo Gachet aceitar isso é violar os direitos humanos.
Mas quem pensa que o sistema capitalista é o único culpado para o acontecimento da invisibilidade social, está enganado, a educação familiar é determinante para a maneira de como as pessoas tratam o outro. Nenhum pai ou mãe