Artigo sobre filme olga
Julia Pallaoro Trzeciak
Em uma leitura atenta do livro Olga, de Fernando Morais, percebesse quantos resquícios do preconceito étnico-cultura ainda temos em nossa sociedade. Da enorme violência que se impregnou em nossa história e mesmo implícita influencia em nosso presente.
O livro conta a história de Olga Benario Prestes e através dela a história do holocausto, da Alemanha nazista e parte da história brasileira no período da Segunda Guerra Mundial. Olga era uma judia comunista, filha de um advogado que defendia os proletários e operários de graça. Sendo assim Olga cresceu em um ambiente propício ao comunismo, cresceu vendo as atitudes do pai e concordando com elas. Em sua adolescência já se envolvia com movimentos de cunho comunista, como as greves operárias. Apesar de ser de classe média, burguesa, Olga não aceitava as atrocidades que via contra os operários, ao contrário da maior parte da elite Alemã.
O livro demonstra atitudes contraditórias, quando alguém que tem tudo não quer ter esse tudo. Apenas ter a liberdade de se expressar e viver em uma sociedade justa e igualitária. Outra questão é quando se analisa a sociedade em que vivemos hoje, que tipos de atitudes podem se assemelhar e se comparar com as relatadas no livro. Ver o quanto sobrou destas atrocidades, perceber que o nosso passado não é tão diferente de nosso presente. O que vivemos hoje nada mais é do que um holocausto verbal, agressões, preconceitos, chantagens.
A história de preconceito e violência vivida na Alemanha nazista espantou e ainda espanta todo o mundo. Mas isso não deixou de acontecer, apenas encontra-se camuflado e não a uma distancia tão grande, está ao nosso lado em todos os lugares e todos os momentos. Prova disso é quando se vê em jornais, televisão, revistas as notícias de violência, de assassinatos brutais, de agressões que aparentemente não tem motivo algum.
Vivemos, ou melhor, convivemos, com o holocausto na frente de nossos