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Tratado escrito na metade do século XIX
Pelo 1º Bispo da Diocese Anglicana de Liverpool
Por J.C. Ryle
Quando era reitor em Helmingham, Suffolk.
LEITOR,
Não há doutrina no cristianismo tão importante quanto a doutrina do Cristo crucificado. Não há nenhuma que o diabo tente tão avidamente destruir. Não há nenhuma tão necessária à nossa própria paz para entendermos.
Por “Cristo Crucificado”, refiro-me à doutrina de que Cristo sofreu a morte na cruz para reparar-nos de nossos pecados; que por Sua morte, Ele cumpriu a mais plena, perfeita e completa satisfação de
Deus para com os descrentes; e, através dos méritos dessa morte, todos os que acreditaram nEle foram perdoados de todos os seus pecados, mesmo sendo estes muitos e grandes, foram inteiramente perdoados e para sempre. vras. Sobre essa doutrina sagrada, deixe-me discorrer algumas pala-
A doutrina do Cristo crucificado é a grande peculiaridade da religião cristã. Outras religiões têm leis e preceitos morais, formas e cerimônias, recompensas e punições; mas essas outras religiões não podem nos relatar sobre um Salvador que morreu, elas não podem nos mostrar a cruz. Essa é a coroa e a glória do Evangelho, esse é o conforto especial pertencente apenas a ele. Verdadeiramente miserável é o ensinamento religioso que se auto-intitula cristão, mas que, mesmo assim, não contem nada sobre a cruz. Um homem que ensina dessa forma deve, de igual modo, afirmar explicar o sistema solar e, ainda assim, não falar nada aos seus ouvintes sobre o sol.
A doutrina do Cristo crucificado é a fortaleza de um ministro. Eu, pelo menos, não ficaria sem ela por nada nesse mundo. Eu me sentiria como um soldado sem armas, um artista sem pincel, um piloto sem bússola, um trabalhador sem suas ferramentas. Deixe que os outros, se quiserem, preguem lei e moralidade; deixe que outros falem sobre os horrores do inferno e os prazeres do paraíso; deixe outros habitarem nos sacramentos e na Igreja: