Artigo Simp Sio Tem Tico Nova Era Cimadon E Marcon

(1º Congresso Lusófono de Ciência das Religiões) Simpósio temático:
Formas Religiosas do Movimento Espiritual na Nova Era Giordano Cimadon1 Marco Antonio Marcon2
Proposta de comunicação:
Resposta ao “problema do mal” no Gnosticismo contemporâneo e o diálogo com o Catolicismo – contraponto a condenação ao Catarismo.
Na segunda metade do século XX o fenômeno da Nova Era representou um denominador comum para uma variedade bastante divergente de crenças e práticas derivadas de tradições antigas e medievais, que no decorrer da história já estavam presentes e por vezes foram reprimidas. Estas buscaram responder sobre o problema do mal, mas a margem da religiosidade oficial. No século IV, XII e XIII o movimento chamado Catarismo foi condenado pela Igreja Católica, seus ritos e espiritualidade permaneceram através dos séculos até encontrar porto seguro na doutrina do místico colombiano Samael Aun Weor, autodenominado avatar da era de Aquário e fundador do Gnosticismo contemporâneo. Isto não poderia ter ocorrido sem a estabilidade de estados laicos e o advento do conceito de pluralismo religioso, que permitiu que estas expressões de espiritualidade pudessem florescer. Nos anos 60, ao mesmo tempo que Samael decretava o início da era de Aquário, acontecia o Concílio Vaticano II onde, em seus documentos, a Igreja Católica se posiciona a favor da liberdade religiosa e do diálogo inter-religioso. Diferente da realidade histórica da idade média, na idade moderna os conflitos do Catolicismo com relação a outras expressões religiosas diminuíram, também pela possibilidade destas poderem afirmar suas identidades fora do âmbito da Igreja, como exemplo: a divergência teológica em torno do problema do mal foi ponto central na condenação aos Cátaros, visto que a doutrina católica tem elementos caros neste tema que fundamentam a sua fé. Hoje se entende que cada expressão religiosa trás uma resposta a este problema que é colocado a mesa para o diálogo. No seio do Gnosticismo