Artigo - revista abrh
Os profissionais de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas têm enormes desafios pela frente em função da crise econômica, assinala a Associação Brasileira de Recursos Humanos. Segundo Ralph Arcanjo Chelotti, Presidente da ABRH-Nacional, os modelos de gestão de pessoas requeridos neste momento vão exigir que os profissionais do setor tenham em mente aspectos como a sustentabilidade, que exige considerar os interesses de acionistas, e demais stakeholders; a liderança responsável, apoiada em valores, austeridade e compromisso; e a inovação, evitando repetir comportamentos que já se mostraram obsoletos.
"A pior coisa a fazer é se deixar levar pela irracionalidade e adotar as atitudes que todos adotam, ou seja, demissão em massa. Demissões coletivas, quando adotadas por questões de crises conjunturais, não apenas reforçam a espiral decrescente dos negócios, como dificultam a recuperação das empresas, na medida em que tornam mais difícil a reconstrução do conhecimento, das competências e das experiências perdidas", adverte Chelotti.
Para o Presidente da ABRH-Nacional, em momentos de crise as decisões nas empresas são centralizadas em algumas poucas áreas, o que termina por se revelar, no futuro, um grande equívoco:
"A gestão econômico-financeira e suas medidas de contenção não podem se basear em premissas que se explicam por si só, como contenção de custos, enxugamento, downsizing. Elas precisam, antes, estar subordinadas ao pensamento estratégico das organizações e seus planos para o futuro", recomenda Chelotti.
Até mesmo alternativas como fusões e aquisições, normalmente seguidas por grandes movimentos de demissão de pessoal, precisam ser pensadas em função dos dados apresentados por pesquisas internacionais que já avaliaram a efetividade dessas ações:
"Muitos estudos internacionais, conduzidos por grandes consultorias como Accenture, Hay Group e Boston Consulting Group assinalam que cerca de 75%