ARTIGO PUBLICADO REVISTA BANAS
Combinando as novas técnicas gerenciais, com máquinas cada vez mais sofisticadas, para produzir mais com menos recursos e menos mão-de-obra, esta metodologia manufatureira difere radicalmente tanto da produção artesanal, como da industrial
Maria da Conceição Solimeo
Os historiadores pesquisam há muito tempo quais são os fatores que promovem o desenvolvimento das nações, procurando entender porque alguns países são pobres, outros são prósperos e porque nações com condições favoráveis não conseguem superar a barreira do subdesenvolvimento. Muitas teorias atribuíam a fatores geográficos, como clima e recursos naturais, as causas do desenvolvimento, mas, posteriormente, o progresso de países pouco dotados pela natureza fez com que se buscassem outras explicações que, se não negavam a importância desses fatores, incluíam outros, como a educação e a tecnologia, como contribuições importantes para o crescimento das economias. O desenvolvimento da tecnologia depende muito da educação.
David Landes, professor de história e economia política na Universidade de Harvad, fez uma análise em seu livro
Riqueza e a pobreza das nações - por que algumas são tão ricas outras são tão pobres do porquê que algumas nações, que foram prósperas no passado, não evoluíram, enquanto outras, que no mesmo período eram pobres, se desenvolveram e atualmente ostentam um elevado padrão de vida. Destaca como fatores fundamentais a educação e certos valores, como a abertura para as inovações, que conduzem ao progresso tecnológico.
Destacam-se duas invenções como importantes para o desenvolvimento da produção manufatureira: os óculos e o relógio, não apenas por sua utilização, mas, sobretudo, pelos desdobramentos delas resultantes. Com relação ao relógio, cuja invenção ninguém sabe certo a origem, destaca-se que a necessidade de precisão fez com que se buscasse o aperfeiçoamento contínuo da tecnologia e do design, pelo que os relojoeiros lideraram o caminho para a exatidão