Artigo Projeto refratario para altos fornos a carvao vegetal e a
CARVÃO VEGETAL E A COQUE (1)
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Alamar Kasan Duarte
(3)
Jorge Eustáquio Fernandes
RESUMO
A indústria siderúrgica brasileira produziu 31,5 milhões t de aço e 34,0 milhões de t de gusa em 2005. Cerca de 24,6 milhões t de gusa (72,4%) foram produzidas em usinas integradas de produção de aço e 9,4 milhões de t (27,6%) foram produzidas em altos-fornos independentes. Cerca de 22,9 milhões t
(67,4%) foram produzidas em altos-fornos a coque e 11,1 milhões t (32,6%) foram produzidas em altos-fornos a carvão vegetal.
Campanhas entre 10 a 20 anos são alcançadas nos altos-fornos brasileiros a coque, que possuem capacidade de produção de gusa entre 2000 a 11.000 t/dia.
Campanhas entre 5 a 7 anos são alcançadas nos altos-fornos brasileiros a carvão vegetal, que possuem capacidade de produção de gusa entre 200 a
1200t/dia.
Uma produção eficiente e econômica de gusa depende, entre outros fatores, da campanha do alto-forno. Vários fatores influem na duração desta campanha, sendo que entre os mais importantes estão o projeto refratário e as ações que visam o prolongamento das campanhas.
No mundo todo, altos fornos menos produtivos e menos automatizados têm sido substituídos por altos fornos de grande volume interno e bastante automatizados, com campanhas cada vez maiores. Várias técnicas usadas em projetos dos grandes altos-fornos a coque podem se tornar realidade nos altos-fornos a carvão vegetal no futuro, tais como sistemas mais eficientes de refrigeração, refratários de alta condutividade térmica e de elevada resistência ao ataque do gusa para o cadinho, marcha central com boa permeabilidade do cadinho, massa de tamponamento de elevada qualidade, entre outras.
Palavras - chaves: altos fornos, refratários.
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Curso de Fabricação de Ferro Gusa em Alto-Forno – 22 a 26 de Maio de 2006 – Belo Horizonte MG - Brasil
(2)
Gerente de Projetos Especiais, Magnesita S.A.
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