Artigo Peles sensíveis
artigo científico
Novos rumos para pesquisas de pele sensível
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ESTA BREVE REVISÃO TRAZ UM INFORME SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DAS PESQUISAS DE PELE
SENSÍVEL, INCLUINDO ACHADOS RECENTES SOBRE O POSSÍVEL PAPEL DO FATOR DE CRESCIMENTO
DOS NERVOS COMO MECANISMO SUBJACENTE E INSTRUMENTO DE PREVISÃO PARA PELE SENSÍVEL
Jennifer A Davis, R Randall Wickett, PhD
College of Pharmacy, University of Cincinnati, Cincinnati, Estados Unidos
N
os últimos anos aumentou o número de registro de casos de peles sensíveis, em homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, e várias etnias. Cerca de 52% das mulheres e 38% dos homens se autodiagnosticaram como portadores de pele sensível. Além disso, 10% das mulheres e 6% dos homens se autodescreveram como tendo pele muito sensível.1 Indivíduos com peles com limites de tolerância mais baixos a cosméticos e a produtos de cuidado pessoal do que os que têm pele sensível são considerados como tendo pele muito sensível. Por esse motivo, suas respostas adversas a esses produtos ocorrem com maior freqüência. Como resultado, nos últimos dez anos, houve aumento da demanda de cosméticos e produtos para cuidado pessoal formulados para pessoas com pele sensível.
Segundo o jornal The New York Times, desde 2000, a venda de produtos para peles sensíveis deu um salto de 13% e esses produtos vendem, em média, mais de US$ 900 milhões por ano.2 Embora haja uma infinidade destes produtos disponíveis no mercado consumidor, não existe nenhum padrão para caracterizar as condições ou para substanciar os apelos dos produtos que se auto-intitulam para peles sensíveis.2
Tal fato pode ser atribuído à falta de conhecimento dos mecanismos que levam uma pele a ser caracterizada como sensível.3-6 A nebulosidade da etiologia também pode ser atribuída à falta de sinais evidentes de irritação, variabilidade intra e inter-pessoas e ao confuso entendimento dos efeitos exercidos pela idade, raça e