Artigo Opinião
No Art. III da Declaração Universal dos Direitos Humanos temos o seguinte: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. Então me pergunto: Onde está a dita liberdade e segurança quando somos vítimas de violência, roubos e impunidade? Isso me faz lembrar e a concordar com um comentário feito numa coluna de revista que li, escrito: “Direitos humanos para humanos direitos”.
Quase sempre antes de sair de casa escuto de algum familiar: “Toma cuidado na rua”, “Não fica com celular à mostra” e outras dicas de cuidados. Todo mundo algum dia já ouviu de alguém um “Vai com Deus” ou “Deus te proteja”. Para necessitarmos de toda essa atenção antes e depois de sair à rua, algo está errado. Encontrar casas com cercas elétricas para proteção é algo comum hoje em dia. Cada dia somos um pouco mais dependentes dessa cúpula de vidro.
Li uma reportagem sobre um estuprador e assassino que foi preso em flagrante, reconhecido pelas testemunhas, e assim mesmo foi liberado. Os motivos? O Juiz disse que as investigações não foram concluídas e que o presídio estava lotado. Um dos militares que atendeu a esta ocorrência teceu o seguinte comentário: “Se ele já fez uma vez, o que impede de fazer de novo? Pode fazer com a minha família, pode fazer com a família de qualquer um”. Foi por situações parecidas a esta que surgiu a expressão “Direito dos Manos”.
Mesmo com todos os cuidados sofremos com a marginalização, e pior, a família que teve um ente querido assassinado ou violentado não tem assistência pública, mas o agressor, quando preso, tem. E ainda existem pessoas que se comovem quando veem algum bandido ou vândalo sendo tratado com maior rispidez pela polícia. Coitadinho? Coitadinhos de nós! “Quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas” (Victor Hugo).
Fontes:
JUSTIÇA, Ministério da, Declaração Universal Dos Direitos Humanos. Disponível em:
OLIVEIRA, Wanderley Costa de, “Direitos humanos: para quê (quem)?”. Disponível em: