Artigo Logi Stica
Adriano de Carvalho Paranaíba
Doutorando, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental - Universidade de Brasília - Brasil.
Programa de Pós-graduação em Transportes adriano.paranaiba@ifg.edu.br Adelaida Pallavicini Fonseca
Professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental - Universidade de Brasília - Brasil
Programa de Pós-graduação em Transportes ixcanil@unb.br RESUMO
O presente estudo busca pontuar a importância que assumem as projeções de demanda em projetos de concessões de rodovias. É muito comum que este tipo de estudo seja especificamente vinculado às projeções de tráfego, sendo que, pretende-se apontar que se trata de uma questão de cunho logístico da malha a ser concessionada. Para tanto, este artigo se propõe a apontar críticas à conduta de previsão de demanda, tomando como exemplos os projetos de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) das rodovias BR-050MG e BR-285RS. Os autores assinalam que o uso de projeções tais quais são feitas no Brasil, podem incorrem em modelos espúrios, dado a necessidade de aplicação de modelagem de séries temporais sem o viés determinístico construído pelos cenários econômicos projetados. A sugestão para este impasse se dá pela adoção de modelos de Auto regressão Vetorial (VAR) onde a taxa de crescimento da demanda é explicada pela taxa de crescimento das cadeias logísticas existentes na área de concessão.
1. CONTEXTO
No Brasil, a concessão de rodovias para parceiros privados tem como marco a década de 1990, porém, desde a Constituição Federal de 1946 esse tipo de parceria já era prevista. Essa década representa também o início do processo de privatizações dos setores ligados à infraestrutura de transportes. Os primeiros trechos a serem concedidos foram das rodovias que passam pela Ponte Rio-Niterói e Presidente Dutra, ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Na