Artigo GEDAI
TEMA: Crise na Grécia, seus precedentes e possíveis implicações para a atual conjuntura econômica mundial.
Introdução:
O presente artigo visa levantar, de forma simples e objetiva, informações acerca dos fatores que levaram a Grécia à atual crise financeira, bem como analisá-los sob perspectivas econômicas, políticas e sociais. Com esta análise, será possível fazer um breve, mas importantíssimo esboço sobre o que se espera acontecer com a economia grega. A importância desse estudo revela-se no fato de que esta crise pode acarretar em consequências sérias, não só para a Grécia, como para os países que compõem a Zona do Euro e todos os que mantêm relações econômicas com este grupo, criando uma espécie de “efeito dominó” que afetará todo o cenário econômico de um modo geral.
Inicialmente, é necessário apresentar um panorama da Grécia enquanto Estado membro da União Europeia e pertencente à Zona do Euro, além de uma breve explanação sobre o histórico de medidas onerosas que levaram o País à atual situação, considerada inédita por economistas e historiadores.
A população grega é de pouco mais de 11 milhões de habitantes, dos quais, a faixa etária predominante é de 15-64 anos de idade. Seu IDH é de 0,86, considerado muito alto e sua expectativa de vida é de aproximadamente 81 anos de idade. Seu PIB é de, segundo estimativas de 2012, US$ 280 bilhões e seus principais setores econômicos são, por composição do PIB, de serviços (80,1%), indústria (16%) e agricultura (3,9%).
A política econômica na Grécia é marcada pelos altos custos do funcionalismo público. Além disso, a taxa de juros de 2,3% sobre a dívida pública (a título de comparação, a taxa de juros sobre a dívida pública fixada pelo governo brasileiro gira em torno de 10%) e o custo dos serviços sociais prestados a uma população de faixa etária predominantemente elevada causaram efeitos onerosos à economia grega.
O histórico de endividamento do Estado grego iniciou-se há aproximadamente 10