Artigo Filosofia

Filosofia da Engenharia

Da própria definição do que é o tema, pode-se nascer uma dúvida se a apresentação principal é a parte filosofia ou a parte engenharia. De todo modo, fica evidente que não se trata precisamente de ciência, nem de apenas filosofia, nem exclusivamente engenharia. Por que se deveria produzir ciência num texto que tenta reunir filosofia e engenharia? A filosofia não é a ciência. A engenharia não é a ciência. Portanto, não irá tentar emular ciência em algo que ela não é.
Nota-se que as regras e princípios de filosofia da ciência não eram completamente aplicáveis para o caso da engenharia e que, portanto, era necessário que se aprofundasse sobre a área da engenharia, com isso o estudo e desenvolvimento mais profundo sobre filosofia da engenharia.
A Filosofia da Engenharia é um tema totalmente desconhecido pela maioria, para muitos inexistente, sem senso, loucura, visões diferentes, mas existe sim, é interessante, importante e que todos que estão nessa área da engenharia deveria participar. Todos tem uma visão muito limitada que engenharia é uma ciência aplicada, esse entendimento é muito errado, o papel do engenheiro é muito mais do que aplicar a ciência, com menos produção de conhecimento do que os cientistas. A experiência e conhecimento gerado por essa prática profissional é muito rica, da mesma maneira como mostrar que uma filosofia da engenharia é vantajoso e significativo para a elaboração de questionamentos pertinentes sobre essa profissão.
É também importante notar que esse tema não pretende, em momento nenhum, ser O discurso sobre A verdade na Filosofia da Engenharia. O engenheiro se insere no Princípio da Razão Insuficiente, adotando uma visão muito próxima a de Rorty (2007) com respeito a contingência. Para Rorty (2007), não há verdade fora do discurso, mas apenas verdade dentro do discurso. Sendo assim, como há vários discursos, há várias verdades. Esse tema, portanto é uma apologia à contingência, alinhado à visão de Richard Rorty.