Artigo - enegep - medidas de desempenho para avaliação da logística reversa
Introdução
Grande parte das empresas, em especial as de médio e grande porte, provê contínuas melhorias em seus processos produtivos e alocam esforços nas áreas/setores de marketing, P&D (pesquisa e desenvolvimento) e TI (tecnologias de informação) para garantir a qualificação necessária para atuar em um mercado específico. A concorrência estimula as empresas a buscarem meios inovadores para atrair novos clientes bem como fidelizar sua parcela de mercado. Um diferencial competitivo pode ser a chave para se conseguir o referencial mercadológico tão almejado.
Nesse contexto, em que a empresa precisa se manter competitiva no mercado e ainda aumentar a sua eficiência produtiva, surge a logística reversa como uma ferramenta empresarial que tem como intuito “[...]promover a valorização dos bens recuperados com redução de custos, permitir ganhos por diferenciação de imagem corporativa e atendimento às questões ambientais impostas pela legislação ou pelo próprio mercado consumidor.” (CHAVES, 2009, p.16).
Prahinski e Kocabasoglu (2006) afirmam que vários fatores, conjuntamente, fizeram com que aumentasse a importância de estudos sobre este tema, tais como a elevada taxa de retorno de produtos em alguns setores industriais, as oportunidades geradas por mercados de revenda de produtos já utilizados (secondary market), aumento da pressão advinda dos mecanismos legais, a limitação e aumento do preço de aterros sanitários, dentre outros.
Outros estudos feitos por Pollock (2010), evidenciam que das 160 empresas entrevistadas, 87% indicam que o gerenciamento efetivo do serviço da cadeia de suprimentos reverso foi extremamente ou muito importante para suas operações organizacionais e performance financeira (crescimento de 74 % em 2008 contra 61 % em 2007). Apesar destes dados apontarem para um aumento da importância da logística reversa nas empresas, faltam informações que dêem suporte à tomada de