Artigo de Opinião
Segundo Bocchini; “Os gastos do SUS com assistência ambulatorial como: consultas e exames diagnósticos e internação hospitalar podem atingir, em 2030, 63,5 bilhões de reais. Isso representa uma elevação de quase 149% em relação aos 25,5 bilhões reais gastos em 2010”. Essa projeção foi feita de acordo com os índices de crescimento da população brasileira e o aumento relativo na expectativa de vida, levando em conta serviços ambulatoriais, que são os procedimentos realizados por profissionais na saúde no âmbito do ambulatório e alguns outros tratamentos utilizados pelos idosos que tem um custo mais elevado que outros procedimentos.
Um ponto ressaltado em seu artigo é que temos em nossa economia um crescimento de 2% ao ano do PIB (Produto Interno Bruto), o que traz uma preocupação para os economistas, pois não teríamos orçamento suficiente para manter os gastos com a saúde da população que cresceria de 25,5 bilhões em 2010, para 65,8 bilhões em 2030. Uma projeção feita em um cenário mais otimista retrata que o PIB poderia crescer 4% ao ano; porém, mesmo com esse grande aumento e essa boa expectativa instaurada sobre o crescimento da economia, não seria suficiente para suprir o orçamento necessário para 2030.
Levando em conta os dados expostos no artigo e relacionando-o com a entrevista feita com José Gomes Temporão “A anemia do orçamento”, podemos ressaltar que a porcentagem que deveria ser repassada para a saúde pública, que segundo Temporão deveria ser de 10% do PIB, não está atingindo o proposto, ou seja, causando um déficit que será perceptível daqui alguns anos, que é o retratado no artigo de Bocchini. Outro ponto a se levar em conta,