ARTIGO DE OPINIÃO
TEMA: ENSINAR A FAZER OU A PENSAR?
Pensamos sempre estarmos ensinando algo a alguém a fazer e nunca paramos para questionar se o correto não seria ensiná-lo a pensar.
A comparação é simples e óbvia, aqueles que fazem o que mandam, na verdade estão como que reproduzindo o já existente, fruto de sabor já comestível, sem novidade, que não desperta curiosidade, apenas o comum insensível.
Vejamos, fazendo uma retrospectiva da história do homem ao analisar fatos marcantes de suas descobertas, das invenções humanas, tudo o que veio a existir teve seu princípio, sua existência, no âmbito das idéias ocultas no pensamento humano. E que só após a criação de árduos projetos é que foi executada vinda à existência, tantas criações originais que até hoje nos encantam.
Segundo a neurociência, nossas mentes através de vastas conexões neurais perfeitamente integradas quando postas a exercerem pequenas concentrações são capazes de através da cognição mental, projetar com respeito ao assunto ora pensado, perfeitas expressões do mundo supra-sensível que apenas a espécie humana é capaz de projetar, trazendo à existência, materializando assim, tal perfeição, que como exemplo podemos citar as artes como a pintura, a literatura, a música, entre outras.
Apropriadamente, expressou o escritor Rubem Alves, quando disse: “Não devemos ensinar coisas, mas ensinar a pensar”, em outra colocação diz: “Não quero ensinar nada, mas compartilhar”. Sabiamente conhecedor acerca da capacidade humana reconhece a importância de sermos instruídos a produzirmos ao invés de simplesmente reproduzirmos, ou copiarmos o já existente.
Portanto, se a neurociência esta certa, o que nos importa é a partir desta convicção passar a adotar mecanismos educacionais que levem os nossos alunos a buscarem exercer suas capacidades cognitivas, com objetivos de tornarem bons construtores que tendem corroborar com o futuro da sociedade.