Artigo de opinião sobre preconceito linguístico
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO – ECO
Maria Júlia Albuquerque Brandão.
GRACILIANO TAMBÉM ERRA.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014.
Maria Júlia Albuquerque Brandão.
GRACILIANO TAMBÉM ERRA.
Artigo de opinião apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Língua Portuguesa I, no curso de Comunicação Social, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Prof. Ana Carolina Mrad.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2014.
GRACILIANO TAMBÉM ERRA.
Ler Machado de Assis pode, em alguns momentos, nos deixar pra baixo com a sensação de que não sabemos nos comunicar corretamente. Mas devemos lembrar que não seguir à gramática não é sinônimo de erro. Os deslizes gramaticais nada mais são que a língua em mudança constante. Nós não erramos, cometemos desvios.
Muitos encaram os desvios gramaticais como algo inaceitável e em alguns casos como símbolo da falta de escolarização, falta de capacidade intelectual ou cultural. Para piorar, existem casos de pessoas que assimilam o deslize gramatical à condição financeira de quem o cometeu. Além de ser um verdadeiro erro, é um preconceito que deveria ser extinto da nossa sociedade.
“Não há talento que resista à ignorância da língua”, essa frase veio a calhar perfeitamente com o assunto abordado aqui. Parece bobagem, mas essa discussão não é um assunto novo na Língua Portuguesa. A frase citada foi pronunciada por Graciliano Ramos em entrevista a Homero Senna, em 1948. O escritor possui depoimentos nos quais afirma ter viajado para o interior do Brasil para aprender a falar o “verdadeiro português”, o português que era considerado “errado” na época em que foi escrito. O escritor dizia que não duvidava da possibilidade que em tempos futuros os fissurados por gramática estudariam suas obras, tendo-as como exemplo de um bom português.
Para Graciliano, suas