Artigo de nutrição clínica
Pacientes com alteração no funcionamento do trato gastrointestinal e submetidos a cirurgias de grande aporte apresentam perda ponderal progressiva e alteração no seu estado nutricional, relacionando-se diretamente com a sua evolução clínica, podendo aumentar o tempo de internação e de complicações durante o período de hospitalização. O melhor método de avaliação nutricional para identificar o estado do paciente ainda não foi definido. Porém, estudos destacam que a Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) adjunta aos exames bioquímicos (proteínas totais, albumina e globulina) pode-se chegar assim a um resultado mais preciso. A albumina sérica tem sido tradicionalmente usada como marcador individual do estado nutricional, tendo boa ligação com a evolução clínica do paciente, pois a relação albumina/globulina nos leva a interpretação de desnutrição-inflamação. Dentre os inúmeros fatores que estão relacionados com o estado nutricional em pacientes cirúrgicos, destaca-se o local da patologia instalada, a idade, a via de administração da dieta, o tempo de jejum no período pré e pós-operatório e o uso de suplementos. O estado nutricional do paciente também pode ser influenciado pelo tempo de jejum que o paciente permanece durante o período de internação. Quanto maior for o tempo de jejum, pior será o estado nutricional dos pacientes e maiores probabilidades de complicações e tempo de internação. A mucosa intestinal lesionada e sua permeabilidade aumentada podem provocar uma resposta inflamatória por translocação bacteriana e desenvolver complicações infecciosas. Nutrientes como a arginina, glutamina, ômega-3 e nucleotídeos foram introduzidos no pré e pós-operatórios na década de 90 para melhorar o sistema imunológico e consequentemente as respostas de agressão na cirurgia, auxiliando na cicatrização e assim diminuindo