Artigo de notas

Notas Baixas e critérios de cotas para negros provocam polêmica na Uerj.
O desempenho de candidatos aprovados no vestibular da Uerj por meio da reserva de vagas para alunos de escolas públicas foi inferior ao resultado de quem participou do concurso tradicional. No curso de engenharia mecânica (campus de Friburgo), por exemplo, a nota máxima do Estadual 2003 foi 95,75, mas o melhor resultado na prova da rede pública foi 44,25. As diferenças persistem nas notas mínimas dos aprovados: 34,5, no exame comum, e 5,25, na reserva de vagas. Para diminuir distorções como essa, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Peregrino, e a reitora da Uerj, Nilcéa Freire, querem se reunir com representantes do Ministério da Educação (MEC) para pedir recursos a fim de oferecer aulas extras e ajuda de custo. .O chamado sistema de cotas provocou – e ainda provoca uma grande polêmica.Seus críticos atacam dizendo que se trata de medida paliativa, que pode beneficiar esta ou aquela minoria, quando o ideal seria investir na qualidade do ensino das escolas públicas, nas quais estuda a quase totalidade desses jovens. Somente assim, dizem, eles poderiam competir em condições de igualdade com os demais estudantes.Os defensores da reserva de vagas concordam em que o sistema de cotas não é a melhor solução, mas argumentam: esperar pela sensibilidade dos políticos brasileiros até que eles tomem as medidas indispensáveis para se alcançar a qualidade almejada no ensino público é continuar alargando o fosso da exclusão social no ensino superior. Em vez disso, é melhor fazer aquilo que é viável imediatamente, ou seja, assegurar o ingresso na faculdade àqueles estudantes que, sem a reserva de cotas, ficariam esperando indefinidamente a melhoria do ensino público até conseguirem, realmente, igualdade de condições de competição com os alunos de melhor poder aquisitivo, que não sofrem discriminação étnica e estudam nas boas escolas particulares.Entretanto, é possível que esta