Artigo de ed. Inclusiva
012009
Data: Jun/2012
SONIA MARIA RODRIGUES
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Educação inclusiva e formação docente
No processo de implantação da política de educação inclusiva no Brasil são muitos os desafios encontrados, mas a falta de preparo dos professores e professoras ganha destaque quando o tema é abordado. O reconhecimento de dificuldades na formação docente para a educação inclusiva deve ser não uma justificativa para os fracassos, mas um motor para a construção de experiências bemsucedidas onde a educação é de qualidade e verdadeiramente para todos.
A partir da aceitação da matrícula de pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais
(decorrentes de deficiências e transtornos globais do desenvolvimento) nas redes de ensino, depara-se com a realidade de muitos docentes que se sentem confusos, despreparados e incapazes para acolher esses alunos e, sobretudo, para trabalhar com propostas didático-pedagógicas que atendam às necessidades, expectativas e demandas próprias de cada um desses sujeitos da educação. Pressupõe-se, para o sucesso da escola inclusiva, a exigência de mudanças radicais nas suas estruturas físicas, materiais e de pessoal, em seu projeto pedagógico e gestão administrativa
(MANTOAN, 2001). Assim, é possível perceber que o paradigma da inclusão pressupõe uma escola democrática, com respeito ao tempo do aluno, com a aprendizagem como centro e o estímulo ao trabalho coletivo, participativo.
No entanto, que tipo de formação atenderia ao apelo dos professores que se sentem despreparados e desamparados no atendimento dos alunos com necessidades especiais? Quais os saberes necessários para educar a todos? Quais as diretrizes para a formação inicial e a formação continuada na perspectiva da educação inclusiva?
Na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, no Artigo 59, inciso III, ao definir o que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos com necessidades especiais, é apontada uma diretriz