Artigo de citologia 2015
Página 78 Autofagia pode levar a célula à morte de duas maneiras: o processo pode continuar digerindo as substâncias do próprio citoplasma até que a célula morra, ou pode estimular apoptose celular. Mas, porque um processo que normalmente evitaria a morte celular por uma apoptose acidental, de vez em quando causa a própria morte da célula? O quebra-cabeça pode haver uma solução fascinante. Apoptose e autofagia podem estar bem inter-relacionadas e cuidadosamente balanceadas. Por exemplo, se o dano na organela for muito extensivo para a autofagia manter o controle, a célula deve morrer pelo bem de todo o organismo. A célula pode então contar com suas mortes programadas: isso pode deixar que a autofagia continue até o final, ou pode ser um sinal para apoptose, parando o processo de autofagia para um sistema de organização de dados se a apoptose for compromissada. Duas das áreas mais intensas e controversas da investigação atual são como a autofagia e a apoptose se interligam e se a própria autofagia seria considerada uma passagem para a morte celular. Trabalhos a níveis moleculares podem ajudar a resolver se autofagia é primeiramente uma forma de sobrevivência da célula ou se isso pode, acrescentando, agir como um “anjo da morte”. Estudos recentes feitos por Beth Levine da Universidade do Texas Sudeste medical center em Dallas e Guido Kroemer do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francesa têm mostrado como os dois processos podem ser coordenados. Uma das proteínas que geram o sinal para que a autofagia comece, conhecida como Beclin 1, liga-se com a proteína que previne a apoptose de iniciar, Bcl-2. Decisões de vida ou morte são feitas como se fossem ligações entre dois tipos proteínas que são aumentadas (mais proteínas) ou quebradas. As descobertas de Levine em relação a conexão entre a autofagia e apoptose foi bem apoiada pela descoberta do fragmento da proteína conhecida como Atg5, que age na formação de autofagosomas, pode fazer o