Artigo Cientifico
INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é tida como relevante problema de saúde pública. Tal condição caracteriza-se quando da manutenção das cifras pressóricas elevadas de forma crônica acima dos pontos de corte tidos como de normalidade. Sua gênese tem premissa multifatorial e sua manifestação muitas vezes ocorre de forma assintomática. A literatura ainda advoga que tal enfermidade possui uma já bem estabelecida relação com aumento de risco cardiovascular1 - 4.
Evidências apontam na direção do aumento na prevalência de HAS na população adulta5. Tal quadro, contudo, parece não se limitar a indivíduos em faixas etárias mais maduras, mas também se estender a faixas etárias mais jovens6. Além disso, a alteração dos níveis pressóricos na infância parece ter interessante força de predição desses padrões fisiologicamente inadequados na fase madura do indivíduo. Estudos longitudinais ratificam essa informação7 , 8.
O crescente aumento nos casos de HAS não parece ser um fato isolado e independente, tal fenômeno parece vir ocorrendo em conjunto com um aumento da obesidade. Diferentes autores têm advogado que o ganho de peso em proporção patológica tem forte impacto sobre condições de comprometimento cardiovascular e doenças crônicas degenerativas. Que se destaque dentro de tal contexto a associação entre excesso de peso corporal e HAS9 - 13.
A associação entre HAS e obesidade não diz respeito somente a adultos, essa condição permanece também estabelecida em crianças, que uma vez acometidas por essa associação, parecem sustentar tal condição de forma longitudinal. Assim, a referida relação em idades mais jovens se apresenta com relevante força de predição da manutenção de tal contexto durante a maturidade do indivíduo14 - 17.
Um balanço calórico positivo se mostra diretamente associado à obesidade, e a atividade física parece ser componente de suma