Artigo Cient Fico LPTA Editado

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Maldição e Aprisionamento Social em O morro dos Ventos Uivantes ii Elyne Lucas de Lima

Se a convivência social é formativa da natureza humana, a realização do indivíduo não ocorre fora dessa dimensão. Se o indivíduo, entendido como uma categoria da sociedade, está remetido desde sua origem à sociedade, o que está presente na convivência com os outros sociais é a possibilidade de acontecer a individuação daquilo que é social.(Katy
Valéria Simões Francisctti)

Resumo
Este artigo tem como objetivo observar e analisar os aspectos de maldição no livro O
Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë. Para isso a autora faz uso de uma metodologia que interliga estes aspectos sobrenaturais com as expressões psicológicas dos personagens, apresentando de que maneira estas duas facetas estão interligadas.
Para exemplificar e apoiar estes argumentos o autor apresentará citações da doutora em psicologia Katy Valéria Simões Franciscati, de maneira a exemplificar as teorias que desenvolvemos sobre o corpus.
Palavras Chaves
Maldição, Aprisionamento, Sociedade.

Considerações Iniciais

São próprios do período ultrarromântico os ambientes sombrios a presença de criaturas más que não se envergonham de sua maldade e o amor exacerbado e egoísta que muitas vezes resulta em morte. Comumente encontramos criaturas como Drácula ou
Mr. Hyde, assolados por um mal difícil de compreender, eles destroem os outros enquanto se autodestroem. Então o que esperar de um autor romântico, alguns nos apresentarão narrativas que nos puxão para um universo novo dentro da cabeça de personagens muitas vezes atormentados e a presença de maldições é frequentemente citada. 1

Dentro deste conceito nasce uma obra literária clássica e que, mesmo assim, não deixa de causar surpresa e críticas desfavoráveis pelo seu caráter, único em sua época.
Quando Emily Brontë publicou seu livro alguns o taxaram como sádico, pervertido patológico e, somente muito tempo depois de sua publicação em 1847, foram dados os
devidos