Artigo Calloni
CLAVICO, Leandro Sampaio (Geografia; Meteorologia; Mestre em Meteorologia/UFPel;)
MONTEIRO, Lucimar Rocha (Ciências Háb. Química/FURG; Pós-graduação em Psicologia/Univ. Castelo Branco; Mestranda Ed. Ambiental/FURG)
PEGAS, Michele Costa (Pedagogia Hab. Ensino Médio/FURG; Mestranda Ed. Ambiental/FURG)
A pesquisa durante muito tempo foi conduzida sob um enfoque basicamente quantitativo, procurando inferir, de maneira estatística, realidades aplicáveis a populações, a partir de amostras submetidas a cuidadosas manipulações experimentais. Entretanto, esse enfoque tem sido criticado principalmente sob o argumento de que tais realidades não existem independentes de esforços mentais para moldar e criar. Realidade não é uma coisa que existe e que pode ser descoberta mediante pesquisa: ela é construída. A partir deste enfoque defendemos uma abordagem qualitativa, interpretativa e etnográfica à pesquisa, onde entendemos que para ser educador é necessário compreender o planeta, as situações sócio-políticas e as relações interpessoais de maneira crítica e holística para que possamos nos posicionar diante da realidade de forma autônoma, comprometida e solidária.
Partindo desse entendimento e dos estudos que estamos desenvolvendo, nos deparamos com conceitos que acreditamos serem essenciais para uma postura em prol de uma educação emancipadora, que possibilite uma transformação social e uma consciência ambiental, e por conseqüência uma sociedade mais fraterna, justa e com igualdade de oportunidades para todos. Conceitos como: “ética”, “curiosidade” e “complexidade” segundo Edgar Morin são alguns aspectos que contribuíram e enriqueceram algumas idéias já pensadas e pesquisadas por nós.
Desta forma, dentro da complexidade, “pensamento complexo” é aquele tipo ou forma de pensamento que não simplifica entendimentos porque afirma que nada é simples, que tudo é complexo. Não complicado: complexo, isto é, tudo é