Artigo Arquitetura Jesuíta na Bolívia
RESUMO Este artigo aborda as características da arquitetura jesuítica no contexto brasileiro e boliviano. Tendo em vista, quais as finalidades dela e as necessidades de natureza funcional a satisfazer; os materiais e o sistema de construção adotado; a maneira que a utilização desta técnica foi traduzida no programa; os aspectos plásticos do monumento; elementos de interior e pintura.
Palavras-chave: Arquitetura no Brasil. Igrejas. Arquitetura na Bolívia.
1 INTRODUÇÃO
Chegaram ao Brasil em 29 de março de 1549. Estabeleceram colégios de grande porte para as catequeses em Salvador, Olinda, Rio de Janeiro, etc., fundando assim a Província Brasileira da Companhia de Jesus. Eles utilizavam da mão-de-obra indígena para construir aldeamentos de agricultura, pecuária e estrutura urbana (Reduções). Essas Reduções tinham a finalidade de garantir a concentração indígena para possibilitar a aprendizagem da doutrina e ter controle tributário. Apresentava uma visão do homem em comunidade,
Já a entrada dos jesuítas no território Boliviano ocorreu no ano de 1572. Eles chegaram as terras bolivianas com a missão de suprir as necessidades espirituais dos colonos e indígenas, além de estabeleceram casas, igrejas, escolas e oficinas de arte. Em 1588 a evangelização e o saber artístico chegou aos indígenas nas proximidades da tribo Itatine, se espalhando ao longo dos anos a outras tribos, sendo a maioria do grupo chiquitano. Os esforços de evangelização dos jesuítas não se mantinham centrados apenas em Santa Cruz de la Sierra que era a capital do departamento da ordem dos jesuítas. Além dos jesuítas trabalharem com os chiquitanos, ao explorarem o norte da Bolívia eles se envolveram na área dos Moxos e os Guarayos. O fim da presença dos Jesuíticos na Bolívia se deu em 1767 quando o governo espanhol os obrigou a saírem de todas as possessões espanholas do Novo Mundo. Os jesuítas podem ter sido expulsos dos