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Artigo: A BATALHA CONTRA OS FRAUDADORESMarcelo Alcides Carvalho Gomes
A informação, como estratégia de inteligência, tem sido a responsável pelos últimos resultados alcançados pela polícia de São Paulo no combate ao crime organizado e à indústria do sequestro. Em breve, sentiremos os efeitos positivos desta nova atuação da Secretaria de Segurança Pública nos índices de outros tipos de crime. O trabalho dos setores de inteligência é identificar o perfil do crime e dos criminosos, bairros ou regiões mais visadas, horários de ocorrência e variações nos índices, de acordo com aumento da vigilância. Mas, não é só na polícia que o trabalho de inteligência traz resultados.
No INSS, existem grupos de combate à fraude que têm trazido significantes resultados na investigação de crimes, punição dos responsáveis e prevenção de ocorrências. Mais uma vez, a informação sobre a fraude, o fraudador e os procedimentos adotados permitem a esses grupos identificarem indícios que antigamente poderiam, em meses, subtrair grandes somas de recursos. Os exemplos acima trazem novos ânimos aos que acreditam que é possível combater a corrupção sem o desperdício de recursos públicos, assim como trazer maior segurança à população que vive nas grandes cidades brasileiras.
Mas nas empresas poderíamos fazer o mesmo? O crime deveria ser uma preocupação do empresário ou dos principais executivos brasileiros? Na década de 80, Richard Hollinger, da Purdue Univeristy, e John P. Clark, da University of Minnesota, questionaram 10.000 empregados de empresas americanas se eles seriam capazes de roubar seus patrões. A resposta: 72% dos 9.175 questionários respondidos indicavam que eles cometeriam fraudes contra a empresa onde trabalhavam. Em 1996, a Association of Certified Fraud Examiners divulgou o "Report to the Nation", no qual se constatou que a fraude poderia representar o equivalente a 6% do PIB americano. Em 1997, a Deloite Touche publicou uma pesquisa onde se apurou que na Europa a