Artigo 5

Em seu artigo, Luis Cláudio Cunha faz uma análise sobre o comportamento dos militares em relação à violência extrema praticada na época da ditadura. Muitos desses generais, até hoje, não se desculparam pelo ocorrido; fingem que nada aconteceu, se eximindo de toda e qualquer responsabilidade.
Os anos de ditadura no Brasil foram muito violentos e, consequentemente, muito difíceis para os seus habitantes. O período mais agitado foi o que ocorreu após o golpe de 1964, onde os militares tiraram, à força, João Goulart do cargo de presidente. Todos que apoiavam Jango ficaram em choque, pois esse apresentava um governo com uma acelerada história de sucesso e que, graças aos militares, foi por água abaixo.
A ditadura apresentou um Brasil caótico, marcado pela censura, pelo fim da liberdade, pela perseguição, tortura e repressão àqueles que não concordavam com essa forma de governo. Com isso, pode-se dizer que o governo ditatorial atuou sem o povo, apesar do povo e contra o povo.
Além dos militares, outra instituição muito poderosa se destacou nesse período: a Rede Globo, que se mostrou essencial na implantação e na sustentação da ditadura. Essa rede, através de seus jornais, telejornais, entre outros meios, fez dura oposição ao governo de Goulart, ao mesmo tempo em que camuflava toda a violência praticada pelos militares.
Em setembro de 2013, entretanto, o jornal O Globo apresentou publicamente um pedido de desculpas, pegando todos de surpresa. Assumiu que o apoio à ditadura foi um erro e que todas as decisões tomadas a partir disso foram equivocadas. Não se sabe o real motivo em ter se realizado tal ato, se foi uma pura jogada de marketing, o medo das manifestações ou um sincero pedido de desculpas. Esse fato acabou chamando a atenção do autor do artigo, gerando um questionamento em sua mente: ‘Por que os generais não imitam a Rede Globo?’.
Luis inicia seu artigo comentando um notável episódio, ocorrido em novembro de 2013: a chegada, em Brasília, da urna