Artigo 06
Como um sistema de informações geográficas pode facilitar a vida da população e ainda aumentar a arrecadação das prefeituras
Eduardo Sampaio Nardelli
Arquiteto e urbanista, professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, e membro do Comitê Executivo da Sigradi (Sociedade Ibero-Americana de Gráfica
Digital)
Em 1992, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu enfrentar o desafio de acabar com as filas de matrícula nas escolas públicas lançando mão de uma nova tecnologia que acabava de ser incorporada ao sistema de gestão daquela cidade: o geoprocessamento.
O fato foi relatado na edição de outubro/novembro/dezembro de 1994 da Revista do Geoprocessamento, da editora curitibana Sagres, em artigo de Carlos André
Zuppo e Frederico Torres Fonseca. Segundo o artigo, utilizando-se de um Sistema de Informações Geográficas, ou SIG, a administração municipal criou um novo cadastro escolar delimitando as jurisdições das escolas em mapas da cidade, devidamente digitalizados, viabilizando, dessa forma, uma nova metodologia para as matrículas: em vez de realizá-las tradicionalmente em cada escola, elas passaram a ser feitas nas agências do Correio, onde os interessados preenchiam uma ficha cujos dados eram, posteriormente, processados pela Prodabel, relacionando as informações cadastrais dos alunos com a base geográfica das jurisdições escolares, através de uma aplicação SIG chamada processamento com polígonos, de tal modo que os candidatos às vagas fossem matriculados na escola mais próxima de sua residência.
Num primeiro processamento, verificou-se que algumas escolas excederam a capacidade de atendimento, enquanto, em outras, sobraram vagas. Então, uma outra aplicação SIG foi utilizada, localizando os alunos mais distantes da primeira escola, procurando relacioná-los a uma outra mais próxima, dentro de um raio de aproximadamente 600 m de suas casas, finalizando, assim, o processo com o envio, pela