Artigas
Fachada Frontal - Casa Bettega
Marcando justamente a transição entre as duas fases, a residência Bettega, construída em Curitiba em 1953, apresenta um discurso híbrido: as formas simples e o uso de pilotis fazem referência clara à Le Corbusier, enquanto que a preocupação com o uso de materiais locais remete ao organicismo de Wright. Encomendada por João Luíz Bettega, a casa recebeu muitas críticas da vizinhança, acostumada com os valores clássicos da capital paranaense.
A obra sintetiza algumas das soluções características de Artigas como a rampa, materiais aparentes, iluminação natural, integração entre exterior e interior, etc
A casa Bettega, de 1929, atualmente abriga a Casa Vilanova Artigas, misto de espaço cultural e escritório de arquitetura. A obra sintetiza algumas das soluções características de Artigas como a rampa, materiais aparentes, iluminação natural, integração entre exterior e interior.
O caixote apoiado por pilotis projetado por Artigas só não foi mais abusado que um outro projetado por
Frederico Kirchgässner, com a diferença de que este havia sido construído para sua própria família em 1929.
Sorte a de Artigas, pois nessa época estava no auge de sua fase corbusiana, já havia projetado a casa Czapski
(1949), e a sua própria residência (a 2ª casa do arquiteto). Aí pôde ele fazer uso de seus paradigmas favoritos com maestria, a pesar é claro da fúria declarada contra os “mandarins” da arquitetura. Artigas só se livrou da influencia deles mais tarde e, já que não era possível mudar o país, a intenção era que, ao menos, o projeto curitibano subvertesse o senso comum da arquitetura doméstica.
Pilotis, rampas, grandes vãos em concreto, e a nova técnica indo ao limite de sua performance atritavam com o que era ususal e, principalmente com algumas intervenções no modo de morar: sem telhado, fachada vazia, porta lateral, alpendre, muito vidro....
Artigas desenhou mais de uma