Articula O Poss Vel Entre A No O De Met Fora E Teoria Dos Nos
Juliana Gonçalves Menicucci
Psicóloga. Mestre em Psicologia, na área de concentração em Estudos
Psicanalíticos (UFMG). Psicóloga do Instituto Raul Soares.
Endereço para correspondência: Rua Itaparica, 45, apto 501 – Serra, Belo
Horizonte, MG. CEP: 30240-130. E-mail: jgmeni@gmail.com
Jésus Santiago
Psicanalista. Pós- doutorado em Psicopatologia e Psicanálise (UFRJ). Doutor em Psicopatologia e Psicanálise (Université Paris VIII). Professor adjunto da
Universidade Federal de Minas Gerais.
Endereço para correspondência: Departamento de Psicologia – Fafich
(UFMG) – Avenida Antônio Carlos, 6.627, sala 4080 – Pampulha, Belo
Horizonte, MG. CEP: 31270-901.
Resumo
O artigo busca uma articulação entre a noção lacaniana de metáfora delirante e algumas ferramentas conceituais forjadas posteriormente por Lacan. Um dos pontos a ser levantado refere-se à teoria lacaniana dos pontos de basta. Partindo de algumas formulações do campo da linguística, desenvolve-se um percurso teórico orientado em torno da conceituação da metáfora. Busca-se na noção de ponto de basta alguns elementos que abram para a perspectiva da amarração sinthomática. Trata-se, portanto, de indagar se o ponto de basta é um nó, o que só é possível a partir da extração de algumas consequências advindas das formulações posteriores de Lacan.
Palavras-chave:
Metáfora linguística; metáfora paterna; metáfora delirante; ponto de basta; significante; significado.
Mental - ano X - nº 19 - Barbacena-SP - jul./dez. 2013 - p. 203-220
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Juliana Gonçalves Menicucci, Jésus Santiago
1 Introdução
A metáfora delirante, apesar de paradigmática, é uma noção que traz consigo algumas lacunas, em termos tanto conceitual quanto de sua operatividade clínica. Certamente, precisar tal noção não é tarefa simples, pois trata-se de uma ferramenta conceitual, que perde a importância ao longo do ensino de Lacan, já que ele