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Chegamos aos anos que formam a decisiva década de 1960, tempo em que a Igreja enfrentava alguns sérios desafios. Mas por outro lado, ela via crescer diversos fatores motivadores da sua ação pastoral, polarizando-se ao redor da questão social, graças, sobretudo, às forças especializadas da ação social.
Como desafios, a principio, haveria um vazio de lideranças e também o despontar de ideologias oponentes dentro da Igreja. A revolução militar de 1964 com o golpe de estado e o endurecimento do regime a partir de 1968, complicaria muito a vida e ação da Igreja e também a vida da sociedade brasileira como um todo.
Marcas da Igreja e da sociedade brasileira nos anos 60
A ação da Igreja no período terá, entre outras, as seguintes características:
A) Influencia decisiva dos seus organismos na configuração de uma Pastoral Coletiva e na presença da Igreja na sociedade.
B) A pressão dos fatores econômicos e sociais, levando a Igreja a um novo comportamento teórico expresso em documentos e prático expresso nas muitas formas de ação social.
C) A multiplicação de obras sociais e de entidades, que aos poucos passam de uma atitude assistencialista caracteriza pelo paternalismo e pela assistência caritativa, para a promoção humana e social.
A necessidade de engajamento da Igreja no campo social levou-a na busca de uma melhor estruturação das ligas camponesas, dos sindicatos católicos e à promoção de uma aliança entre camponeses e estudantes na busca de uma frente única. Este será um dos pontos mais conflitivos deste tempo. A década de sessenta vai trazer ainda o Concilio Vaticano II e, com ele, uma série de novas mudanças.
Em 1962 o presidente Jânio Quadros renunciou à presidência da República. Em seu lugar entrou João Goulart, mas o governo revelou-se incapaz de enfrentar os graves problemas pelas quais o país passava levando a cabo as reformas tão necessárias ao Brasil, porque os interesses em jogo eram muitos e envolviam as camadas