Artes e ciencia
3.1.1. A importância dos pólos culturais anglo-americanos
Quanto a Segunda Guerra Mundial termina, o Mundo não é o mesmo.
Muito em particular a Europa não se encontrava em condições de liderar a política internacional nem o próprio processo civilizacional. A guerra destruíra-a como nunca, deixando-a absolutamente arrasada.
Aos Estados Unidos, um das cabeças do mundo bipolar que se desenhou em 1945, coube assumir uma condução do Oriente.
Em Nova Iorque produzir-se-ão as alterações mais significativas e as grandes polémicas no mundo da arte.
Nos EUA, um generoso mecenato privado irrompia e patrocinava a fundação de galerias e de grandes museus.
A Europa devastada pela guerra não fornecia um cenário estimulante para a produção cultural e, por isso, muitos foram os intelectuais que a América anglo-saxónica acolheu e incentivou.
Aos artistas europeus emigrados juntaram-se os talentos americanos, particularmente ativos. Do seu encontro brotou aquela que é designada por Escola de Nova Iorque, a grande responsável pela dinamização das artes no pós-guerra. A ela se deveram as experiências vanguardistas do expressionismo abstrato.
3.1.2 A reflexão sobre a condição humana nas artes e nas letras
O expressionismo abstrato (1945-1960)
O expressionismo abstrato emerge nos EUA, no pós-guerra. Como o seu nome indica, usa a “linguagem universal da abstração”.
O expressionismo abstrato procurou desconstruir a ideia de que a pintura era portadora de uma mensagem para acentuar apenas os sentimentos que desperta no observador.
Numa clara aproximação ao automatismo psíquico dos surrealistas, a pintura tornava-se um testemunho de sensibilidade individual e de ocorrências psíquicas do autor, que escapavam a um controlo racional, como eram os sonhos, os pesadelos, os traumas.
Surge a expressão action painting para caracterizar aquele gestualismo do expressionismo abstrato. O efeito obtido com a action painting jamais poderia