arte
"A gente tem aqui vários pontos de vista, de vários artistas, de todas as regiões do Brasil, e aí fazer uma redução dos trabalhos de uns cerca de 700 artistas para 20, tem que estabelecer critérios muito claros", explica Éder Chiodetto, curador do Arte Pará.
Este ano, o evento recebeu a inscrição de cerca de 700 artistas de diversos estados, resultando em um total de 2.100 trabalhos enviados, entre fotos, vídeos, pinturas em tela, que serão analisados e avaliados pelos jurados, e de onde sairão apenas 20 artistas selecionados.
"Para mim, a forma da obra de arte é uma forma social, então quando eu olho para aquela obra, eu quero saber o que ela me diz sobre o mundo", detalha Ernani Chaves, doutor em filosofia das artes da UFPA, sobre o processo de seleção.
O artista plástico Armando Queiroz conhece bem o processo: já participou como candidato, foi finalista várias vezes e há alguns anos é convidado a integrar o corpo de jurados e atuar como curador-assistente do salão de arte contemporânea.
"Não é nada fácil julgar. Na verdade, você está dando resposta à necessidade de escuta do outro. A expectativa é muito grande de quem se coloca a julgamento", declara Queiroz.
A primeira edição do Arte Pará ocorreu em 1981, criada pelo empresário e jornalista Rômulo Maiorana que, apaixonado pelo estado, teve a ideia de divulgar os trabalhos dos artistas da região Norte do país e ao mesmo tempo aproximar os profissionais de outros estados do Brasil.
"O Arte Pará não deixa de ser uma janela, uma oportunidade para que os artistas mostrem sua produção e por se ter um salão de 33 anos initerruptos, ele tem uma credibilidade muito grande", destaca Daniela Sequeira, diretora do Arte Pará
A lista com os nomes dos escolhidos será divulgada na próxima terça-feira (16). A abertura do salão