Arte e vida de mãos dadas - grupo fluxus
O movimento anti-arte basicamente iniciou-se quando John Cage fez uma apresentação na qual apenas o que se ouvia era o barulho da platéia. O processo criativo de Cage incluía apenas um elemento: Vida. Utilizava ruídos ocasionais em suas performances e usava o público como colaborador e autor. A música de Cage era chamada de “musica aleatória”, pois o interprete tinha liberdade para improvisar como quisesse, com apenas uma instrução básica do compositor, promovendo uma diferente percepção das peças musicais.
Cage e sua música atraiam vários jovens que buscavam o dinâmico e criativo para seus eventos, como John, eles também acreditavam que qualquer ruído e ato cotidiano e sem intenção pode ser considerado arte.
Com saraus domésticos começaram-se a formar o Grupo Fluxus, eles queriam se afastar da “burguesia consumidora”. O nome Fluxus quem deu foi George Maciumas, e quer dizer algo livre como água, que desviasse de convenções e fugisse do sistema e padrões de Arte. O grupo propunha que qualquer um podia fazer arte, usando até mesmo suas atividades diárias.
Começaram com os festivais maiores, onde literalmente cerravam um piano de cauda na frente da plateia, utilizaram também outros instrumentos musicais para fazer esse novo tipo de música, que pode ser feita por qualquer pessoa. O grupo procurava acabar com os padrões entre interprete e público, tornando assim Fluxus um modo de vida contra as formas tradicionais, afirmando que “Anti-arte é vida”. Esse estilo convidam todos a fazerem arte, não é necessário um dom. “Todos podem ser Fluxus”. O acaso era a grande proposta, não havia divulgação previa de onde e como aconteceriam as apresentações. Era tudo um “happening”, alguns do eventos eram só coisas para pensar e outros eram ações. Os Fluxuartistas tinham diferentes atitudes, posturas ou posições dependendo da apresentação. Por fim, criaram cartões com instruções para futuros eventos,