arte e publicidade

ARTE E PUBLICIDADE

A arte conjunta com a publicidade pode ser vista de duas maneiras: ou elas se assemelham ou são opostas por completo. Um lado pode ser interpretado da maneira que a arte é uma criação que expressa sentimentos e com valores estéticos como equilíbrio, harmonia, revolta e conta um pouco sobre sua história e cultura, assim como a publicidade. Além disso, a publicidade pode ser considerada uma arte como todas as outras – exige que se tenha talento, dedicação total e criatividade. Por outro lado, pode-se pensar que a arte é uma expressão pessoal, enquanto a criação publicitária expressa o que o briefing define. Ou então que peças publicitarias demonstram o que o povo quer ouvir, e a arte fala o que o artista quer expressar. Ou até que a peca publicitaria é o reflexo da sociedade, enquanto a arte é o reflexo do artista. Enfim, o que importa realmente, ao meu ver, é que a publicidade que utiliza a arte como inspiração ou até mesmo somente para o layout da criação, tem aquele algo a mais que acrescenta valor e beleza para a peça publicitária, pensando e respeitando o consumidor. Segundo Magy Imoberdorf (renomada publicitária brasileira), “É o famoso ‘added value’ que pouca gente entende. O público agradece porque é subliminar. Quando eu fazia a campanha da 51 me perguntaram por que usava filme, cuidava tanto do detalhe, usava bons fotógrafos se o público, afinal, era da classe C. É porque acho que o público merece, ele já é maltratado na fila do ônibus, do INSS, ou na enchente. Não carece maltratá-lo na propaganda também. Esse público, já que paga pelo nosso produto, merece ser bem tratado”,