arte e psicologia
Embora tenha lido e citado ao longo de sua carreira obras de Carl Jung, pensador que comparece com doze títulos no seu acervo, dos quais o mais antigo identificado data de 1944, essa orientação parece não ter deixado marcas importantes em seus textos. A citação desse autor é feita por Osório Cesar apenas no artigo escrito com Durval Marcondes (1928), inserido no livro de 1929. Trata-se da obra intitulada Der Inhalt der Psychose (2ª ed., 1914) justamente o mesmo citado por Marcondes em outros textos (Marcondes, 1933).
Do formalismo, seja na interpretação de Hans Prinzhorn (dois títulos no acervo), seja em seus fundadores com Kurt Koffka (uma obra no acervo), utiliza-se apenas de algumas considerações sobre a origem do gesto artístico, mas sem grande interesse. Sua análise permanecerá vinculada aos textos psicanalíticos, àqueles que se dedicaram à "analise retrospectiva da gênese emotiva na criação da obra de arte" (Cesar, 1944, p. 4).
O intelectual brasileiro opera, pois, com a noção de inspiração poética em relação ao funcionamento das fantasias infantis e dos sonhos, ou seja, para ele arte é compensação, realização na fantasia daquilo que o real negou. Para Cesar, as orientações de Freud no campo das artes não se constituem em um corpo de doutrina propriamente dito para essa questão; no entanto, além dos textos do fundador da Psicanálise, trabalha com idéias provenientes de Oskar Pfister e Otto Rank.
Não obstante, dos autores