Arte e educação
2. Os conceitos de arte e educação
3. O pensament(o)ação artístico
4. Implicações pedagógicas do pensament(o)ação artístico
5. Considerações finais
6. Referências bibliográficas
RESUMO
A alocução busca problematizar os conceitos de Arte e Educação discutindo a dimensão cognitiva da atividade criadora artístico-estética; expõe a especificidade do modo de pensamento não-verbal característico do conhecimento artístico na perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica e sinaliza as possibilidades de intervenções pedagógicas com Arte mediadas pelas novas tecnologias da informação e da comunicação-TIC.
PALAVRAS-CHAVE:
Arte - Art(edu)comunicação - Educação - Psicologia Sócio-Histórica - Formação continuada de professores.
1. Os conceitos de Arte e Educação
Pensar a Arte na Educação de crianças, jovens e adultos requer efetuar alguns recortes conceituais nas representações que se possui para "Arte" e "Educação".
Tomando-se por Educação "o conjunto das influências do ambiente social e cultural sobre o sujeito" [1] é possível compreendê-la muito além de sua abrangência pedagógica ou educacional. Neste sentido, pensar a Educação de crianças, jovens e adultos com Arte não deve restringir-se a entendê-la como estando circunscrita apenas ao âmbito da escolarização.
Delimitado o alcance do conceito de Educação que nos interessa, faz-se necessário agora explicitar o sentido que se quer forjar aqui para a expressão "Arte". Dentre as muitas concepções do que seja Arte FERRAZ&FUSARI,[2] apoiando-se em BOSI,[3] CANCLINI,[4] FISCHER[5] e PAREYSON[6] destacam particularmente três delas por serem amplamente difundidas nos estudos a respeito da criação artística: (1) Arte como fazer/trabalhar/construir; (2) Arte como conhecimento; e (3) Arte como sentimento/expressão.
As professoras Mariazinha Fusari e Heloísa Ferraz esclarecem no entanto que "Arte como técnica, lazer, derivativo existencial, processo intuitivo, genialidade, comunicação, expressão são variantes