Arte e Design de Interiores

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No passado, as regras da estética modernista vinham acompanhadas do emprego de materiais suntuosos e nem sempre de custo acessível. O anti-modernismo surgiu como um questionamento a este ditame, que associava a questão da suntosidade com o “bom gosto”. Os movimentos antimodernistas quebraram estas barreiras, possibilitando um ecletismo e um livre-trânsito, desfazendo a dicotomia entre o “bom” e o “mau” gosto e, simplesmente, considerando que tudo pode ser reaproveitado e que de algo aparentemente “desprezível” pode surgir uma ideia surpreendente, capaz de redimensionar os parâmetros estéticos, o que inclui o campo do design de interiores. Nesse caso, Gaetano Pesce, Alessandro Mendini e os irmãos Campana são exemplos bem ilustrativos dessa postura antimodernista.

Considerado um dos mais versáteis e não-convencionais designers da última metade do século, Gaetano Pesce caracteriza-se pelo espírito anticonvencional e inovador (e até polêmico), com ênfase na vida urbana e na cultura pop. Pesce “descontrói”, valorizando o sensorial e as formas orgânicas, quebrando a linha reta proporcional e geometrizada do modernismo. Ele subverte a ordem do consumo e a padronização do moderno, fugindo da austeridade, com peças arrojadas, irreverentes e informais. Ele descontrói a forma sóbria das linhas retas dos preceitos da Gelstat, criando um desenho biomórfico trazendo relaxamento e informalidade. Pesce questiona a estética quando coloca o movimento como princípio estruturador das peças, o que ele chama de “mobiliário de transformação”, caso da série Up e da poltrona Donna, por exemplo, que embaladas a vácuo expandem após abertas, num protesto contra a linguagem modernista.

Já Alessandro Mendini destaca-se pelo ecletismo presente na mistura de diferentes influências culturais e tipos de linguagem. Mendini opta pelo cerebral, simultaneamente esteta e crítico. Ele usa os preceitos modernistas como referência direta do seu discurso, reutilizando as linhas retas como referência

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