Arte visuais e formação estética
Entender educação estética e a arte como conhecimento é romper com a idéia de que a ciência é puramente racional e a arte puramente sensível, na verdade arte e ciência integram as diferentes formas de conhecer. O primeiro a defender essa junção é
Baumgarten que começa a utilizar o termo Estética como ciência que estuda o belo, a percepção e a teoria da arte.
Autores como Schiller, Herbert Read, Dewey, citados acima desenvolveram estudos sobre educação estética, cada um com uma concepção e em tempos históricos distintos. De maneira geral a educação estética pressupõe a formação integral do aluno, tanto em seus aspectos sensíveis e cognitivos, que contemple a arte como forma de propiciar um processo de ensino e aprendizagem mais significativo e amplo, tendo a arte como base para a educação integral do homem.
Outro autor que estuda e aponta para a necessidade de uma educação estética é
Vigotski (2001a), que afirma que educar esteticamente significa criar um conduto permanente e de funcionamento constante, que canalize e desvie para necessidades úteis a pressão interior do subconsciente. A reação estética que se opera ante uma obra de arte, não serve apenas para repetir no espectador o sentimento ou a percepção do autor, mas para superar e vencer o efeito por ela causado, por exemplo a obra Criança Morta de Portinari, nos coloca diante de uma realidade triste, mas ao vê-la nos colocamos acima dela, superamos e vencemos a impressão de tristeza. Essa vivencia estética contribui para a organização de nossos comportamentos, enfim “a arte implica em emoção dialética que reconstrói o comportamento e por isso ela sempre significa uma atividade sumamente complexa de luta interna que se conclui na catarse” (VIGOTSKI,
2001a, p. 345). A educação estética não é um recurso pedagógico que ajude a resolver problemas difíceis e complexos da educação ou que exista para a distração e execução prazerosa de