Arte rupestre
Há milhares de anos, o homem deixou imagens gravadas ou pintadas em rochas e cavernas que representavam o seu cotidiano e vida das comunidades locais.
Essa manifestação artística é chamada de arte rupestre e pode ser encontrada em abrigos, cavernas, paredes e tetos rochosos, ou até em superfícies rochosas ao ar livre, em épocas pré-históricas (algumas datadas de 40.000 a.C).
No Brasil, as pinturas e gravuras mais antigas, que chegam a ter 12.000 anos, foram encontradas no Parque Nacional da Serra da Capivara, região de São Raimundo Nonato (Piauí). São desenhos e esboços de animais, pessoas, plantas e objetos. Muitas vezes mostram cenas da vida cotidiana e cerimônias de culto.
Em Minas Gerais, na região de Lagoa Santa, existem mostras de arte rupestre também muito antigas, de cerca de 10.000 anos. São cenas de caça com uso de flechas e de armadilhas para apanhar animais, redes grandes com peixes, retratando a dinâmica do dia-a-dia de povos antigos.
Destacam-se também a Toca da Esperança, região central da Bahia, Naspolini e Florianópolis, no estado de Santa Catarina. No Rio Grande do Norte, diversos sítios foram encontrados, principalmente nas regiões do Seridó e na chapada do Apodi, com destaque para o Lajedo de Soledade.
Toca do Boqueirão da Pedra Furada – Serra da Capivara
LUZIA – O FÓSSIL MAIS ANTIGO DAS AMÉRICAS
No início dos anos 70, uma descoberta arqueológica vem à tona, revolucionando as teorias até então existentes. Luzia foi o nome, que recebeu do biólogo Walter Alves Neves, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, de 11.500 anos. Ela é a primeira brasileira de que se tem conhecimento nas pesquisas arqueológicas. Achada em 1975, no fundo de uma caverna de Minas Gerais.
Temos muito o que contar sobre essa mulher. Desde os primeiros estudos realizados no crânio de Luzia, em 1980, até hoje, os resultados mostram-se surpreendentes. O esperado era que tivéssemos aqui populações de outra espécie, diferente da de Luzia, que