Arte Romanica
A religião, o temor religioso e o medo do Juízo Final, movimentaram os fiéis nas peregrinações aos principais lugares santos. Os mosteiros e as igrejas que eram centros difusores da religiosidade da época tinham uma maior importância quando possuíam relíquias de santos, tornando-se, eles mesmos, locais de peregrinação.
As peregrinações e as cruzadas, feitas por populares e nobres, contribuíram em grande parte para a internacionalização da arte do Oriente e do Românico.
O sistema político feudal e a religião foram os dois polos dinamizadores da arte na sociedade medieval. A arte serviu a majestade do poder temporal e religioso, sendo feita para honorificar ambos.
Arquitetura religiosa
Na formação desta tipologia tiveram grande importância os ensinamentos das ordens religiosas de Cluny (a partir de 984) e de Cister (a partir de 1100): o estilo cluniacense, de ornamentação profusa e muito luxuosa, com pinturas murais e esculturas decorativas, contrastava, sem dúvida, com a grande sobriedade cisterciense, cujas construções possuíam paredes nuas, quase sem elementos decorativos;
A Europa Medieval, como afirmou Raoul Glaber, "cobriu-se com um manto branco de igrejas", todas elas unidas pela mesma fé e pelos mesmos princípios, mas com uma grande diversidade formal, com particularidades próprias de cada região. Foi esta diversidade na unidade que mais caracterizou o Românico;
A catedral: Definida a partir do século XI, apresenta como novidade em relação às anteriores o fato de ser totalmente abobadada em pedra, substituindo os tetos em madeira. Devido ao equilíbrio de