Arte poética - fichamento
Aristóteles
Introdução)
A arte imita os caracteres, as emoções e as ações. O drama reproduz a ação;
As imitações se dividem em imitações narrativas e em imitações dramáticas;
A epopeia não está sujeita a qualquer limite de tempo, enquanto a tragédia procura manter-se nos limites de uma revolução solar;
A tragédia é a imitação de uma ação completa, com início, meio e fim. Seu objetivo é a catarse, a purificação da emoção teatral. Os incidentes se verificam de maneira inesperada e a título de consequência uns dos outros. Intriga complexa: reviravolta e descoberta da identidade das personagens;
Os cantos que purificam a alma causam em nós um encanto sem perigo;
A excitação da paixão, que a tragédia pode provocar, será salutar, sendo submetida a uma medida ou a uma lei, desligada das circunstâncias individuais e ligada ao destino comum a todos os homens;
Catarse: expulsão de um humor incômodo por sua superabundância;
Como se a obra tivesse dado ocasião para o escoamento do excesso de emoções.
Capítulo I)
A diferença entre os autores consiste no emprego de meios (ritmo, canto, metro...) em conjunto ou em separado.
Capítulo II)
Formas de imitar os homens melhores, piores ou iguais:
Tragédia: melhores homens;
Comédia: piores homens.
Capítulo III)
A imitação produz-se segundo três modos: os meios, o objetivo e a maneira. É possível imitar os mesmos objetos nas mesmas situações, numa simples narrativa, pela introdução de um terceiro ou insinuando-se as próprias personagens sem que intervenha qualquer outra.
Capítulo IV)
Transformação da tragédia, renunciando ao drama satírico e suas danças em favor do diálogo.
Ésquilo: utiliza um ou dois atores em cena, diminui o coro e o diálogo se constitui protagonista;
Sófocles: introduz um terceiro ator e a cenografia.
Capítulo V)
Comédia: imitação dos maus costumes. O ridículo reside num defeito e numa tara que não apresentam caráter doloroso ou corruptor.