ARTE ISLAMICA
A arte islâmica engloba a literatura, a música, a dança, o teatro e as artes visuais de uma ampla população do Oriente Médio que adotou o Islamismo. Nela percebe-se a influência das civilizações pré-islâmicas, dos povos conquistados e de dinastias ligadas à questão religiosa. Por todos os domínios islâmicos conquistou-se uma produção artística marcada pelas ideias religiosas, imateriais – os conceitos de infinito, eternidade, menosprezo da vida material, desejo de transcendência – e pelas concepções do Profeta. Esta arte bebe diretamente na fonte do Alcorão, nela justificando suas opções, rejeições e direções escolhidas.
As artes visuais islâmicas estão geralmente desprovidas de expressões figurativas, constituídas em grande parte por elementos geométricos e arabescos – os esmerados entrelaçamentos de figuras geométricas, folhas, plantas, homens e animais, elaborados à maneira árabe. Mas também é possível encontrar diversas expressões de imagens animais e humanas, que prevalecem especialmente em contextos profanos. O que o Alcorão condena, na verdade, é o culto de imagens. A partir do século IX, porém, tem início uma fase de censura das formas figuradas, atribuída por alguns pesquisadores à influência de judeus convertidos ao islamismo. Deste momento em diante, representar um ser real é conquistar o poder divino, que detém o direito da criação.
Uma rica diversidade de estilos e o uso de técnicas eficazes marcaram as artes visuais islâmicas, essencialmente decorativas e coloridas. Os arabescos eram utilizados tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos. A produção de cerâmicas, vidros, a ilustração de manuscritos e o artesanato de madeira ou metal também foram muito importantes na cultura islâmica. A cerâmica é uma das primeiras artes decorativas muçulmanas, principalmente a decoração da louça de barro em esmalte, uma das mais admiráveis contribuições do Islã para esta arte. A ilustração de manuscritos é igualmente muito reverenciada nos