Arte gótica

Contexto Histórico da Arte Gótica O surgimento da Arte Gótica está relacionado à expansão urbana do século XII que marcou o início de uma economia voltada para o comércio onde a cidade volta a ser o centro da vida social e surge uma nova classe, a burguesia. De facto, o extraordinário desenvolvimento registado pelas atividades mercantis nos séculos XII e XIII multiplicou as feiras e incrementou a agricultura excedentária, a qual beneficiou ainda de uma melhoria climática e de progressos agrícolas, dando vida aos campos, reacendendo assim o comércio interno e externo. A Arte Gótica desenvolveu-se primeiramente na Europa, tendo nascido em França onde foi logo identificado como a arte das catedrais. A partir do século XII a França passou por importantes transformações, sendo estas caracterizadas pela centralização política e pelo rápido desenvolvimento comercial e urbano, instalando definitivamente a economia monetária, o aumento demográfico e o crescimento das cidades, elementos estes, que marcaram o início da decadência do sistema feudal até aí dominante e agora em fase de desagregação. Provisoriamente travado, no século XIV, pela grande depressão da Peste Negra, o desenvolvimento renasceu, com maior vigor, no século XV.

Arquitetura

A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios teológicos: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus.
Do ponto de vista material, a construção gótica, de um modo geral, diferenciou-se pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço.
Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetónicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de