Arte gotica
Inglaterra (1200 – 1500)
Entre os países de eleição do gótico, cabe um lugar muito especial à Inglaterra, em que ele evoluiu simultaneamente com o gótico francês, mas num sentido que lhe é próprio. As grandes catedrais inglesas, entre as quais importa citar as de Lincoln, de Salisbury (começada em 1220), de Lichfield, de Ely, têm uma beleza especial, embora um tanto fria, por certo menos acolhedora que a das catedrais francesas: devem a sua rigidez, sobretudo a abundância de linhas retas de formas retangulares. Os Ingleses amam as plantas singelas, as imensas fachadas com divisões horizontais. Desde meados do século xni, a abóbada complica-se em extremo com nervuras suplementares, que por sua vez se subdividem e de tal forma que, por fim, delas resulta uma rede decorativa complicadíssima. Deve confessar-se que estes monumentos têm grande necessidade da sua decoração linear abundante, mas nada sorridente, pois, em parte alguma na Europa, a escultura foi mais pobre, enquanto, por outro lado, a ausência do rosto humano se faz singularmente sentir aos que amam as nossas catedrais frementes de vida.
Alemanha (1250 – 1500)
Pelo contrário, a Alemanha compartilha conosco da glória duma escultura magnífica. Quanto à arquitetura gótica, de que foi considerada outrora a criadora, parece ao invés tê-la recebido sem entusiasmo. No Reno, os edifícios conservaram o espírito românico até uma época muito tardia, e Colônia, de princípio, só se dispôs a admitir um gótico muito incompleto, desprovido de arcos botantes. Mas, posteriormente, o sistema completo, o sistema francês triunfa-e a primeira metade do século xiii vê erguer-se uma série de igrejas manifestamente imitadas das nossas: a Catedral de Magdeburgo (começada em 1209), a Colegiada de Linburgo-s.-Lahn (1220), Nossa Senhora de Tréveros, Santa Isabel de Marburgo (1235-1283). Salvante a Colegiada de Marburgo, estes edifícios não são de grandes dimensões. Devem procurar-se os seus modelos no norte e por