Arte futurista
O Futurismo foi o primeiro movimento artístico realmente de vanguarda, partindo de uma ideia geral radical de subversão de todas as tradições, valores e instituições do seu tempo e exaltação do dinamismo, da eletricidade e da velocidade. Fundamentalmente ideológica, encontrou sua expressão artística com dificuldade, tendo sido subestimada em sua influência e importância. Mas suas ideias permearam muitos dos movimentos posteriores, pela ousada experimentação estilística e técnica: o vorticismo, algumas formas de expressionismo e mesmo o cubismo, e a arquitetura, a escultura, a tipografia e pintura da Alemanha, França, Holanda e, principalmente, da Rússia.
Esta corrente desprezava explicitamente todo padrão moral, bem como os valores que permaneceram no passado. Ela primava por um novo paradigma estético, o qual deveria seguir parâmetros fundados na celeridade temporal, no engrandecimento dos combates e, consequentemente, na recorrência à força.
Seus seguidores se fiavam excessivamente no progresso tecnológico vigente em fins do século XIX. Eles cultivavam especialmente a publicidade como principal meio de comunicação, exaltando a tipografia à qual se recorria neste período. O lema do primeiro manifesta era “Liberdade para as palavras”. Qualquer fronteira ainda existente entre a arte e o design é então eliminada.
O Futurismo se insinua no âmbito de todas as expressões artísticas e inspira muitos artífices a instituir suas próprias escolas modernistas. Ele cultua de tal forma a novidade, que até mesmo se vê tentado a demolir instituições museológicas e cidades ancestrais. Para os futuristas as conflagrações bélicas visavam sanar o Planeta.
Os futuristas navegavam pelas vertentes dos jogos, do idioma puro, do rompimento das regras tipográficas convencionais, optando pelo recurso às