Arte Egipcia
Uma das características mais significativas da arte egípcia é a unidade dos seus fundamentos estéticos e filosóficos (diretamente derivados das crenças religiosas da vida após a morte) e a consequente continuidade estilística que este facto determinou. As principais formas artísticas egípcias foram definidas e canonizadas durante a primeira fase do império, recusando quase sistematicamente qualquer influência exterior. A arte, respondendo à necessidade primária de glorificação do poder religioso e, consequentemente, do próprio faraó (que era então considerado um deus vivo), assumia um carácter acentuadamente narrativo, representativo e monumental.
Arquitetura
No contexto da arte egípcia, a arquitetura tinha a função primordial de representação do poder político e religioso, simbolizados pelo faraó. Assim se entende que os testemunhos arquitetónicos que sobreviveram até hoje sejam de natureza fundamentalmente religiosa, podendo enquadrar-se em duas categorias: o templo, onde se realizava o culto aos deuses, e o túmulo, onde eram colocados os corpos mortos, de forma a serem preservados durante a vida após a morte. Os mais antigos túmulos construídos por este povo, designados por mastabas, possuíam uma estrutura muitos simples, constituída por dois elementos principais, um pequeno edifício prismático baixo, construído em tijolo ou pedra, e um espaço funerário soterrado, ao qual