Arte do saber
Curso: Artes- Teatro
Sobre a estética de Aristóteles
Aristóteles é o autor da obra que, por toda a história do ocidente, mais influenciou a estética, tanto no sentido de filosofia da arte, quanto no sentido de produção refletida da obra de arte. Aristóteles não tenha pensado sobre as artes em geral, tais como as entende hoje, o que ele escreveu foi decisivo ao longo da história da estética ocidental, sobretudo após o Renascimento. Especialmente a partir do momento em que a obra de arte em geral começou a revestir-se da aura de liberdade, criatividade e altiva produção do espírito com que é vista ainda hoje, a poética muitas vezes chegou a determinar os vários estilos, principalmente os de inspiração clássica, classicismos e neoclassicismos diversos. E mesmo quando se queria contestar alguma tradição ou escola artística, a poética serviu, quando não era o modelo a seguir,de modelo a contestar, como, por exemplo, ao se criticar o naturalismo, ou o figurativismo, ou as famosas prescrições de unidade na dramaturgia. Assim, se Aristóteles não pensou as artes tal como as entendemos hoje, em contrapartida ele foi decisivo para o que entendemos hoje como arte.
Aristóteles influenciou a reflexão estética, mas esta reflexão, operada muitas vezes diretamente pelos próprios artistas, construiu igualmente a história interpretativa da obra do filósofo. No entanto, a Poética nunca se teria tornado do classicismo, sem a Arte Poética ou não teria sido o instrumento teórico da reflexão moral sobre a arte sem a discussão sobre o sentido para citar alguns exemplos. Já Sócrates define a poesia como imitação. Dizer que a poesia é imitação, para a teoria apresentada na República, é distanciá-la duplamente da verdade, pois em primeiro lugar está à verdade na idéia em si mesma de algo; se um artesão vislumbra esta idéia e produz um objeto, este é gerado a certa distância da verdade, e se um poeta canta nos seus