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"Podemos esperar ver a futura geração de arquitetos usar a nova linguagem eclética com maior confiança. Isto parecerá mais semelhante à Art Nouveau do que ao International Style, incorporando a estrutura rica das referências do primeiro, a sua ampla disponibilidade para a metáfora, os seus escritos, a sua vulgaridade, os seus sinais simbólicos e os seus clichês, a gama inteira da expressão arquitetônica."
Charles Jenks, em The language of post-modern architecture,1977.
O legítimo ecletismo teve gênese conceitual na revolução francesa e difundiu-se na arquitetura do século XIX como abordagem erudita capaz de integrar valores regionais fundados na figuração do redesenho tipológico.
"A noção de ecletismo no século XIX, tornou-se de uso corrente inicialmente na França na década de 1830, quando foi utilizada pelo filósofo francês Victor Cousin para designar um sistema de pensamento composto por diversas perspectivas obtidas a partir de vários outros sistemas. (...) Os Ecléticos reivindicavam de maneira sensata que cada um pudesse decidir racionalmente e independentemente quais fatos filosóficos (ou elementos arquitetônicos) utilizados no passado seriam apropriados para o presente, para então reconhecê-los e respeitá-los em qualquer contexto em que pudessem aparecer." (30)
Em arquitetura, o Ecleticismo é a mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica. Durante todos períodos sempre houve referências com movimentos do passado, sendo assim o movimento Eclético não seria tão diferente dos outros movimentos artísticos, porém o termo Eclético foi usado como referência aos estilos surgidos no final do século XIX que exibiam combinações da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica. Só que utilizando de novas tecnologias de materiais e dos avanços da engenharia.
Em São Paulo como em outros estados, foi adotado o ecletismo europeu, Ramos de Azevedo é um marco do